Vem aí, como se sabe, a dança de cadeiras da Esplanada. Dá-se ao balé o nome de reforma ministerial. Exagero. Virou um ajuste. Esboçado para dezembro, escorregou para janeiro. Ocorreria na semana que vem. Deu chabu. Pode ficar para fevereiro.
Ávido por mergulhar na campanha de São Paulo, Fernando Haddad programara-se para deixar a Educação na próxima segunda (16). Dima avisou que terá de esperar. Até quando? A data ficou em aberto, como se diz.
Sob Lula, mudanças ministeriais também eram partos. Atribuía-se a demora ao coração do ex-soberano. De fato, Lula dava reiteradas provas de amor ao caos. Quase sempre era correspondido.
De Sarney a FHC, os governos demoliram a administração pública. Lula aprofundou o modelo. Herdeira dos escombros, Dilma passou o primeiro ano trocando de ministros como trocava de blusas.
Os novos ajustes são promovidos em meio às ruínas. Natural que demore um pouco. É grande o volume de entulho. Se bobear, aumenta. Os partidos não querem novos ministros. Desejam, no máximo, uma troca de cúmplices. Quem sabe não aparece em sena um novo Ministro ou Ministra do RN.
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