O MP (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito para investigar a suposta atuação de falsos policiais, conhecidos como “araques de polícia” ou “calças pretas”, que estariam atuando em delegacias do Rio Grande do Norte. Segundo o MP, há denúncias de pessoas sem vínculo ao quadro da Polícia Civil que trabalhariam irregularmente dentro das delegacias como agentes, escrivães e investigadores.
Responsável pelo inquérito, o 19º promotor de Justiça da Comarca de Natal, Wendell Beetoven Ribeiro Agra, solicitou explicações à Corregedoria-Geral da Sesed (Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social), à Degepol (Delegacia Geral de Polícia) e ao Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública), que fez a denúncia no ano passado.
No inquérito, o promotor deu prazo até 3 de abril (próxima terça-feira) para que as três instituições expliquem as denúncias e pediu que “esclareçam se tramitam ou já tramitaram nos últimos cinco anos procedimentos disciplinares que digam respeito à atuação de pessoas estranhas ao quadro funcional da Polícia Civil.”
O documento reforçou ainda que é ilegal que “particulares ou servidores de outros órgãos da Administração Pública, que por solicitação ou conivência de delegados de polícia, exercem ou exerceram atividades próprias de agentes e escrivães da Polícia Civil em delegacias, departamentos ou diretorias da referida Instituição Policial em todo o Estado, em desacordo com o que dispõem os arts. 33 e 34 da Lei Complementar Estadual nº 270/2004”.
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